A menina que roubava livros.

"Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler".

Pensei em ler sobre a roubadora de livros por conta das diversas opiniões contrárias que ouvi sobre a história contada pela morte.


Agora, já posso dizer que tenho a minha.


Markus Zusak traça de forma surpreendente a história de vida de Liesel, a roubadora de livros.


As perdas, primeiramente do irmão e da mãe.
O primeiro livro, roubado na neve.

Um paralelo no contexto histórico.

Resolvi fazer aqui um paralelo sobre as leituras da semana passada, "Olga" de Fernando Morais e "O Principe" de Maquiavel.

Fernando Morais conta de forma maestral um periodo da história mundial que acaba por se entrelaçar em um momento crucial, com os acontecimentos decorrentes na política brasileira.
Olga, uma alemã, sai de casa para enfrentar os seus ideais, onde, acaba por se apaixonar por Carlos Prestes, um revolucionário comunista brasileiro.
Deste encontro surgi um grande amor. A separação.
O nascimento da filha Anita.
A morte de Olga em uma câmara de gás nazista.
O autor relata a crueldade com os homens, os mal tratos, as cenas de extermínio em massa, tudo isso em virtude de um ideal de igualdade.
Isso existe? Pode ser verdade? Foi.
A realidade é sim vergonhosa, mas é ainda mais vergonhoso não conhecê-la.

Não sei se entendi o recado que Maquiavel tentou passar como o deveria, mas passei a ver O Príncipe não como um livro qualquer, daqueles que ficam perdidos em meio a pilhas de livros numa estante, mas sim como uma obra prima.
Desde 1513, quando foi escrito até hoje, o livro não caiu no desuso, está totalmente atual.
Este é o tipo de livro que concerteza eu darei de presente a algum amigo meu, assim que ele desligar o telefone para me contar que se candidatou a qualquer cargo político.
Tipo, todos os políticos e simpatizantes dela deveriam ler Maquiavel. Todos deveriam ler O Principe.
O paralelo: os dois falam de momentos que foram movidos por uma revolução, seja ela política ou sociológica. Que ao se pensar bem e analisar a fundo, os dois temas englobam as duas temáticas, cabe ao leitor decidir qual delas levar mais a sério.
Espero que tenha dado uma boa dica.
Vale muito a pena ler, os dois.
Boa leitura e beijomiliga.

Memórias Póstuma de Brás Cubas.

Resolvi ler Machado de Assis após ter assistido a minisérie Capitu.
Claro que quando adolescente, e frequentadora das aulas de literatura, já havia ouvido falar, e muito, do tal Brás, mas nunca o havia conhecido a fundo.
Comprei o livro em uma daquelas gondolas de mercado e jurava estar comprando o livro que tratava sobre a traição ou não de Capitu, Bom Casmuro.
De repente, eis que me aparece Virgília.

Mas, e a Capitu?

Foi somente ai que percebi a confusão e continuei a me confundir ainda mais com a escrita rebuscada de Machado.
O livro é narrado por Brás, a partir de sua morte, e por conta disso o título, Memórias Póstumas.
É de debaixo de sete palmos de terra e alguns punhados de flores e um discurso de um amigos qualquer que nosso narrador conta as inúmeras histórias que viveu.
Os amores, desamores, as perdas, os anseios, a idéia que não vingou.

Acompanhe você também as impressões de um morto sobre a sua ex vida.
Vale a pena.

E já sabem, boa leitura e bjomiliga.