Amor é prosa. Sexo é poesia.

Tá certo, eu confesso, ando mesmo meio que relapsa com as minhas leituras.
Isso vai mudar, já está mudando, calma.
A poucos dias baixei nada mais, nada menos do que dezoito e-books que sempre quis ler mas que nunca tive a oportunidade. Um desses livros é essa coletânia maravilhosa de crônicas do crítico, cineastra, escritor e brasileiro, Arnaldo Jabor.
Não conheço uma pessoa se quer que ainda não tenha lido ou que não conheça pelo menos um texto do Jabor.
Seus textos tem sempre a mesma base, uma escrita malandra, um toque de sarcasmo, uma elegância distinta e aquela pitada de crítica, seja a quem for, que ele engloba no contexto dizendo e não dizendo a sua opinião sobre o fato.

Amor é prosa. Sexo é poesia.

Dentre os trinta e seis textos selecionados para fazer parte dessa coletânea divertidíssima, claro que existem os que, para mim, se tornaram mais do que meros textos. Um exemplo claro do que digo é uma crítica que ele faz àquelas mulheres que tem os seus 15 minutos de fama mostrando o bumbum em revistas para o público masculino.
Quando saiu o boato de que Juliana Paes mostraria o seu, ele confessa que ficou curioso, mas que assim que o viu, percebeu a falta de encanto.
Uma crítica a levianidade? Ao não pudor? À falta de erotismo por se mostrar tudo antes de se posar realmente nua?

Coisas de Jabor.
A crônicas sobre os chatos. Quem não conhece um? Eu mesma sou uma, daquelas que tudo duvida, tudo questiona, implica por tudo, briga por tudo.
E o avô, uma malandro carioca de "prima". Me fez lembrar do meu, que apesar de não ser carioca também era de "prima".
Tem uma ainda que ele personifica a relação utópica de um padre e sua esposa. Os diálogos são perfeitos, engraçadíssimos. São leves e ao mesmo tempo carregados de maldade.
Eita homem que tem maldade no coração essa Jabor.

Jabor não se envergonha de contar fatos de sua infância, como a sua não crença em Papai Noel. De sua mocidade, de seus amores não revelados, das "fodas" não dadas, das saudades que sente do carnaval carioca da sua época. Onde está o Brasil de antigamente?
A incansável procura dos homens por mulheres que não existem. Hilário, fantástico, perfeito.
Sim, algo me deixou triste ao final do livro. A primeira crônica que lí do Jabor não estava na coletânea.
É aquela assim: "Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta."
Quem não conhece?
É a minha preferida. Ela se encaixa no meu contexto, me serve como uma luva.

Bom, é isso.
O livro vale muito a pena. Seja ele em brochura ou em e-book.
Leiam, me contem o que acharam, qual mais gostaram...

11 comentários:

Anônimo disse...

eu li esse livro e tenho em casa,é excelente!
a linguagem do Jabour nos aproxima da sua visão de realidade e as crônicas são deliciosas de ler em qualquer momento,destaque para uma que eu não lembro qual é,mas que diz que o amor é como uma necessidade inata,quase como um orgão vital para o bom funcionamento do organismo,também gosto daquelas nas quais ele critica a sociedade de consumo e o 'fast love' e quando ele diferencia as maneiras de amar entre homens e mulheres :)

Amanda Albuquerque disse...

ah, agora estou louca pra ler.
virei fã do autor faz pouquíssimo tempo, por indicação de um amigo meu!
quero ler!

gAng disse...

tah na lista pra ser lido^^

www.hysteria-project.blogspot.com

SAL disse...

Otimaaa dica!! Já li e gostei muito! Humor e reflexão na dose certa!
Bjo

Alexandre Silva disse...

SE o livro for do mesmo naipe da musica de mesmo nome eu nem passo perto, rsrs.. tomei uma birra daquela musica q vc nem imagina.
Mas aí no caso, o autor ajuda. Deve ser uma coisa boa! Quando pegá-lo me lembrarei
Abcs
http://falandoprasparedes.blogspot.com/

GustavoSilva disse...

Legal...mas eu nunca li esse livro!!!

André Santana disse...

Oi, pessoa! Faz tempo que eu não passo por aqui, mas passei e tinha que comentar essa resenha. Adorei! Fiquei curioso, vou ler quando tiver oportunidade. Ah, e li a resenha de "O Pequeno Príncipe". Demorou pra ler, hein? Hehehe... Eu tenho ele em casa e já li algumas vezes, é realmente delicioso e genial! Não é à toa que até as misses gostam, hahaha! E aquela frase mais famosa "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" (ou algo assim) deve ser a maior verdade já escrita! Beijo procê!

Karina Kate disse...

Você falou a real, eu já tinha lido alguma coisa dele, mas nada como um livro, que sempre é bom. Vou colocar esse no meu case de proximos livros pra ler depois dos da faculdade.. hehe
bjos

Léo Souza disse...

Gosto do ponto de vista do Jabor.
E gostei de saber da existência do seu blog... Bem legal!

Gabriel Lopes disse...

Jabor é o mestre!

A linguagem de comunicação dele é sem dúvida uma das melhores de se ler.

Já sei o que vou pedir no amigo oculto.
Rsrs

Laura Gelbecke disse...

Achei o livro fraquíssimo!