Leite derramado.

Um típico e ilustre exemplar da família dos Assumpção é o personagem principal do novo romance de Chico Buarque, que tem como cenário , mais uma vez, centrado na cidade do Rio de Janeiro. O livro foi editado pela Companhia das Letras.
A trama é contada de cima de uma cama de hospital, de onde o tal Assumpção, narra suas histórias para a filha, uma ou outra enfermeira, alguns colegas de quarto ou para quem estiver passando.
As histórias são na verdade devaneios de uma época gloriosa, onde a família possuia propriedades, prestígio e o mais importante para a época: nome.

Guantánamo Boy.

O romance de Anna Perera nos traz uma história não verídica, mas com um totalmente contexto real.
O livro tem como personagem principal o simpático, e tímido, Khalid. O menino é como qualquer outra criança, vai à escola, joga futebol com os amigos, paquera e por ai vai... É inglês, filho de mãe turca e pai paquitanês, mais até então isso não o incomodava. Nutre uma amizade extritamante virtual com o primo Tariq, que só conhece por fotos, mas tem ele como um ídolo.

As férias escolares de Khalid se aproximam e o menino se imagina jogando futebol, indo nas festas e curtindo a nova paquera, mas sua mãe o informa sobre uma viagem para a casa das tias, no paquistão.
Enfurecido, o menino pede, em vão para ficar, mas acaba seguindo com os pais e as duas irmãs para uma cidade que, segundo ele é parada, não tem nada pra fazer. Ah se ao menos ele pudesse ver Tariq.

A filha do escritor.

Gustavo Bernardo nos conta de uma forma envolvente um amor meio que impossível entre um médico psiquiatra e sua mais linda paciente.
Acompanhe.

A chegada de Lívia é um espanto para o psiquiatra, José, pois a primeira vista ela lhe parece normal.
Diz que está ali apenas de passagem, pois espera a visita de seu pai, o senhor José Maria Machado de Assis.Justificar
Na primeira entrevista com a tal paciente, ele percebe que a mesma sobre de esquisofrenia. Como podia uma moça tão jovem, que chegou à clínica sozinha, dizer que espera o pai, José Maria Machado de Assis, ou, para os mais intímos, Machado de Assis, que já morreu a mais de 100 anos e jurar de pé junto que o filho vai se comportar?

O Outro.

O Escritor e suas obras.
O Outro, livro que ganhou as telinhas do cinema através do filme O Amante, é uma obra de Bernhard Schlink, um alemão, que além de O Outro também escreveu O Leitor, que também ganhou as telonas com o filme de mesmo nome.

O livro.
Com a morte da mulher, Bengt se vê perdido nos acontecimentos diários. Não quer mais contato com os filhos, se isola.
Um dia, uma correspondência o deixa confuso.
Assinada por Rolf, a carta revela um lado da sua mulher que ele até então não conhecia. Resolve então, procurar nas coisas da falecida esposa outras cartas, visto que Rolf se queixa das não respostas.

Encontra cartas com selos datados de onze anos atrás.
Resolve visitar a filha e ver se a mesma sabe de algo, levando em conta que as duas eram próximas nessa época. A tentativa é frustante.

A misteriosa morte de Miguela de Alcazar.

Este é o primeiro romance policial que leio e por conta dele quero ler outros.

A trama é extremamente envolvente, engraçada e leve.

O personagem principal, Campestre, é um jornalista que teima em assassinar a gramática. Um dia, ao sair de casa em seu fusca 68 amaralo, conhecido como "Revolucão de Maio", passa em frente a rodoviária e observa um tumulto.

Não, este não é o fato principal, então vou pulá-lo.
Ao chegar na redação, após o sabão de seu chefe, recebe uma ordem, cubrir um tal Congresso Internacional de Escritores de Histórias Políciais. Furada, pensou Campestre, mas ordem de chefe não se discute.

Parte ele para o local a fim de acompanhar o tal Congresso.
Lá, encontra com grandes nomes da Literartura Policial e um presunto.
Miguela de Alcazar y Casas de Bourbon morreu de morte matada ou morrida?
Ao final de muitas investigações, do jeitinho brasileiro, em um jantar, o delegado anuncia que a falecida, morreu 3 vezes.

Paul Arden e seus dois livros.

Recebi da editora Intrínseca uma série de livros, dentre eles dois de Paul Arden, "Tudo que você pensa pense ao contrário" e "Explicando Deus numa corrida de táxi".

Começei primeiro por "Explicando" devido ao fato de eu ter que pegar onibus para ir para a faculdade, e realmente, ele explica Deus no tempo de uma corrida de táxi.
Terminei de o ler em 20 minutos.
Adorei a forma extrovertida da escrita do livro, desmistificando certas coisas e afirmando outras.
O que importa é que todos crêem em algo, mesmo acreditando não crêr.
Já o segundo, "Tudo que você pensa", não gostei muito não.
Achei ele meio que com cara de auto ajuda. Fala coisas que jamais eu gostaria de ler em um livro, como por exemplo que faculdade é perda de tempo, que temos mesmo é que trabalhar e aprender as coisas na faculdade da vida.
Uma coisa que achei legal no livro foi o fato de que temos primeiro que cometer os erros, e depois voltar para concertá-los.

Viu, eu disse que era meio que auto ajuda.

Mas vale a pena, as duas leituras, são livros curtos, criativos e muito bem humorados.
Para mais informações, entra no site da Intrínseca.

Budapeste

O livro, na verdade, começa pela capa.
Quando se termina de ler é que as coisas ficam mais claras. O por que da cor, a fonte gótica das letras, o nome estranho na "segunda capa". O primeiro paragrafo, ali mesmo.

Seria José Costa, enquanto Chico Buarque, um personagem ou uma retratação de algo real?
Será que o intuito de Chico Buarque, enquanto José Costa, era transmitir para seus leitores, de forma clara e de fácil compreensão que o personagem, ou ser real, passa por várias transformações duplas?

Ghost writer por opção e paixão, José Costa se vê divido ao meio em diversas situações.
Divide-se por duas cidades diferentes, Rio de Janeiro, da qual adora as suas caminhadas a beira mar, e Budapeste, da qual ama a lingua lá falada. E as ama.

Vida Modelo.

Assim que terminei de ler "Vida Modelo" senti um vazio por dentro.
Mas o vazio na vedade não era meu, nem pelos fatos decorentes da minha vida, mas sim um vazio pelos feitos de John Casablancas, que não fez nada de mais, que não é ninguém perto das modelos que descobriu e tem um livro publicado.
Eu também terei um, e muito mais empolgante do que o dele.
Com certeza.
Não, para tudo. Me explica por que diabos que as pessoas compram um livros simplesmente para saber o que John Casablancas fez aos 13 anos, o que bebeu aos 15, com quem perdeu sua virgindade aos 16?

Notícias do Planalto

Livro do jornalista Mario Sergio Conti aborda, em 720 páginas, as diversas facetas do jornalismo, que colocaram e tiraram o então governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo, no poder.
Conti divide o livro em duas partes e um epílogo.
Na primeira parte, comenta detalhadamente como cada um dos meios de comunicação personificaram a imagem de Fernando Collor de Melo antes, quando ainda era governador de Alagoas e apenas tinha a ideia de se candidatar presidente. Na segunda, aborda as tramoias que aconteceram após que ele assumiu o cargo.
Descreve ainda, em seu epílogo, como seu irmão Pedro Collor o denunciou e acabou com sua fama de bom moço, que já não era a mesma de antes.

Cem anos de Solidão.

Uma obra perfeita de Gabriel García Márquez que ganhou o prêmio Nobel de Literatura e que encantou a milhares de pessoas pelo mundo.
Em Cem anos de Solidão a peça chave da narrativa é a solidão. Por meio dela, milhares de personagens, que nunca são perdidas no tempo ou confundidas com outras aparecem, dão suas contribuições para a "peça" e morrem, de forma trágica, milagrosa ou simplesmente para cumprir uma promessa.
Uma dessas personagens é José Arcadio Buendía, o fundador de Macondo e visionário de muitos inventos que não deu conta de provar antes que o descem como louco.
Me apaixonei por ele e por suas ideias.
Pensei que o nome do livro "Cem anos de Solidão" seria baseado em seu personagem, que veria todas as pessoas a sua volta morrerem e acabaria vivendo 100 anos no mais absoluto silêncio das trevas.
Não, não foi o que aconteceu. Morreu logo depois de ter sido dado como louco.