Memória de minhas putas tristes.

Este é o segundo livro do escritor Gabriel García Márquez que leio. O primeiro, "Cem anos de Solidão" que peguei na biblioteca da faculdade, é simplesmente perfeito. "Memórias de minhas putas tristes" não deixa nada a desejar, ficando atrás do primeiro apenas na quantidade de páginas.

As memórias são contadas por um professor e jornalista, que vive da aposentadoria e da venda das peças da coleção de sua falecida mãe.
As vésperas de completar 90 anos o jornalista se vê atingido por um desejo ardente de ter em sua cama mais uma mulher, é então que se lembra de Rosa Cabarcas, uma velha amiga da profissão. Pega o telefone e liga. Dona do melhor e mais protegido prostíbulo da cidade, ele pede para que ela a encontre uma menina, uma virgem.
Após um segundo telefonema, onde Rosa disse que tinha conseguido a menina, o jornalista se prepara e se perfuma, pega um táxi e vai para a casa de Rosa afim de receber de presente uma noite de amor com a virgem.
Vários encontros aconteceram. Quando não aconteciam ele sentia a presença da menina em sua casa.

Elogio da madrasta.

Confesso que já paquero este livros a algum tempo e que como ele não veio por meio da editora, resolvi apelar pelo Skoob. Sim, ele veio até  mim por meio da troca.                                                                              Uma ótima troca, confesso. Mario Vargas Llosa entrelaça a vida dos três personagens principais - Lucrécia, dom Rigoberto e o menino Alfonso - com as vivências de uma casa com empregados e ainda com suas manias e costumes. Dom Rigoberto, após enviuvar da mãe de seu único filho, Alfonso, resolve fugir da solidão e se casar com Lucrécia. Uma mulher de pele ainda firme, fogosa e que torna a vida de dom Rigoberto mais feliz. Ele, por sua vez, é dotado de alguns rituais que o fazem prisioneiro dele mesmo. Todas as noites, antes de se deitar, eles aconteciam. Tirava um dia da semana para cuidar de cada uma das partes de seu corpo. Limpava os pés, o nariz, cuidava das orelhas. Lucrécia, que recebe uma carta cheia de carinho de Alfonso no dia de seu aniversário de 40 anos, percebe-se em meio ao mundo cheio de novas intenções e sentidos. Sua vida amorosa - para não dizer sexual - com o marido é ótima. Os dois misturam suas aventuras carnais com fatos e personagens da mitologia grega e da arte em geral, mas o abismo só chega ao dizer sobre o quadro abstrato da sala.

O ladrão de arte.

Tenho que confessar algo aos meus queridos amigos leitores: quando recebi este livro e dei uma olhada na capa achei ele interessante. Depois, lí o nome e a sinopse, achei que pudesse ter de interessante só a capa. Me enganei.
Pensa em um livro que tem uma temática legal. Que consegue prender a sua atenção. Que além de ser uma leitura de distração ainda te traz informações sobre arte em geral.
É o que você vai encontrar neste livro.
Isso e muito mais.

Bom, vamos ao livro.
O ladrão de arte conta de forma detalhada três roubos distintos,. O primeiro acontece na escura e calma madrugada de Roma. Uma obra de Caravaggio desaparece misteriosamente do altar da igreja de Santa Giuliana. O padre, assustado com o alarme da igreja que lhe acordara três vezes na madrugada, se dá conta do desaparecimento da obra quando a luz do dia banha a nave da igreja.

As virgens de Vivaldi.

As virgens de Vivaldi, é o segundo romance de Barbara Quick e começa com uma longa e emocionante carta de uma filha, a personagem Ana Maria, para a sua mãe, que a menina ainda não conhece.
Assim que aprende a escrever as primeiras palavras, sua vontade de obter respostas aumenta, e por conta disso a sua curiosidade para saber os motivos de ter sido abandonada por sua mãe se transporta para uma folha, até então, em branco.
A carta é cheia de questionamentos a uma mãe, que mesmo tendo deixado sua pequena filha em um orfanato, não foi esquecida pela criança.

"Será que alguma vez ocupei seus pensamentoscomo a senhora ocupou os meus? Será que meus olhos a fariam lembrar da criança que era quando me viu pela última vez?"
Trecho da carta.

Ana começa a se interessar pela música, mais precisamente pelo violino, se transformando na aluna mais dedicada do mestre Vivaldi, que a dava aula em seu lar, o abrigo para crianças abandonadas.

Amor é prosa. Sexo é poesia.

Tá certo, eu confesso, ando mesmo meio que relapsa com as minhas leituras.
Isso vai mudar, já está mudando, calma.
A poucos dias baixei nada mais, nada menos do que dezoito e-books que sempre quis ler mas que nunca tive a oportunidade. Um desses livros é essa coletânia maravilhosa de crônicas do crítico, cineastra, escritor e brasileiro, Arnaldo Jabor.
Não conheço uma pessoa se quer que ainda não tenha lido ou que não conheça pelo menos um texto do Jabor.
Seus textos tem sempre a mesma base, uma escrita malandra, um toque de sarcasmo, uma elegância distinta e aquela pitada de crítica, seja a quem for, que ele engloba no contexto dizendo e não dizendo a sua opinião sobre o fato.

Amor é prosa. Sexo é poesia.

O pequeno príncipe.

Desde pequena ouço as pessoas falando sobre o livro 'O pequeno Príncipe'.

Dando uma sapeada por meio de inúmeros e-books, resolvi baixar e ler, para ver sobre o que as pessoas falavam tantoe realmente o livro me surpreendeu.

É de uma sutileza e de uma profundidade ao mesmo tempo que me deixou encantada.
Lembro do amor que o pequeno sentia pela rosa, dos desenhos animados, mas só.

Foi bom ver que não ser entendido é apenas a falta de tempo que as pessoas grandes tem de ver que as coisas importantes na verdade não são para ser vistas, e sim sentidas.

Este é o primeiro e-book que leio por completo. Creio que este mérito não é só meu, mas sim do autor. Antoine de Saint-Exupéry consegue prende nossa atenção de uma forma bem simples, fato este é que a sua escrita é feita com o coração.

Diga que você é um deles.

Um livro simplesmente espetacular.
Uwem Akpan descreveu a realidade das crianças africanas por meio de contos e reuniu cinco deles para fazer parte desse livro.

'Uma ceia de Natal', o primeiro conto do livro fala sobre as dificuldades que uma família encontra para alimentar os sonhos e matar a fome dos filhos.
Chove na noite de Natal, estão dormindo dentro de um pequeno barraco o pai, a mãe, e mais três crianças. A cadela fica do lado de fora, amarrada por uma corda.
A barriga ronca, a cola é esquentada e colocada na mamadeira para saciar a fome do mais novo.
A filha mais velha sai de casa para vender o corpo, afim de ajudar a alimentar o sonho do irmão de voltar a estudar.

'Engordando para o Gabão', o segundo conto, o mais emocionante na minha opinião, fala sobre o tráfico de crianças. As dificuldades de se vender as crianças, as artimanhas usadas, os sentimentos de culpa, que não existiam.

O poder simbólico.

Confesso que quando recebe este livro fiquei meio que relutante para começar a lê-lo, mas já no primeiro capítulo ví que estava completamente enganada.
Este livro, se não foi o melhor, foi um dos livros com mais conteúdo que já lí.

Bourdieu se baseia em algumas vertentes básicas para expor suas teorias. Neste livro, o campo das ciências sociais é explicado segundo os paramêtros da educação, da cultura, da arte, da literatura, entre outros.
"O poder simbólico", aqui descrito, nada mais é do que uma relação de força entre os agentes da ação, sendo assim, aqui tratada como o tema central: a violência simbólica.

Bourdieu considera que tal violência não é fruto simplesmente da 'distância' existente entre uma classe social e outra, mas sim, que ela é exercida por agentes sociais em uma espécie de jogo.
O livro em sí, enfatiza que a sociedade é uma produção humana, uma realidade, mesmo que não pareça, objetiva.
Sendo assim, o homem, para Bourdieu, nada mais é do que uma produção social.

Melancia.

Claire, a personagem principal e narradora desta história, era realmente uma mulher de sorte.
Tudo bem, ela tinha um emprego não muito legal, mas foi através dele que encontrou o homem que julgou ser o amor de sua vida, James.
Os dois eram felizes, se amavam e resolveram se casar.

Claire engravidou, ficou parecendo uma melancia de gorda. Daí o nome do livro.
James, sem Claire saber, arrumou uma amante.
No dia do nascimento do bebê, Claire recebe uma notícia não muito propícia para aquele momento, James ia larga-la, estava amando outra mulher.
É ai que as coisas começam a mudar na vida de Claire. Antes de sair do hospital ela liga para uma amiga, que a orienta sair da cidade com sua filha, ainda sem nome, voltar para a casa dos pais e lá se fortalecer, voltando só depois para resolver as coisas com James.

Ela o faz.

O Tigre Branco.

Gosto muito das coisas que são diferentes, por conta disso, não sou do tipo de pessoa que se interessa pela Veja. Sim, dou uma passada de olhos, mais leio mesmo a Piauí, a Bravo!
E foi ai, não me lembro bem ao certo em qual das duas que descobri "O Tigre Branco".
Um mini livro veio acompanhando a revista em questão (aquela que eu esquecei qual seria) trazendo o primeiro capítulo do livro.

Eu quero este livro pra minha coleção. Mas...
Não dou, não empresto e não, não adianta. Não, já disse.

O livro conta a história de um tranqueira indiano de marca maior, que, após ter feito inúmeras coisas boas (visando melhorias para ele) e ruins (para o patrão, visando também coisas para seu próprio benefício), encontra seu rosto em um anúncio policial.

Ensaio sobre a cegueira.

Ainda não tinha lido um livro tão cheio de mensagens "subliminares" como este.
Saramago é capaz de prender a atenção do leitor sem nem mesmo o leitor perceber e se dar conta.
Eu, que não fui muito esperta, percebi isso no último suspiro, que calhou a vir bem na última página do livro, junto com o último ponto final.
Vamos parar de falar de último?

Não, ainda não.

Pense que este é seu último minuto de visão. O que faria com ele?
Depois disso, feito ou não, você se afunda por completo, da cabeça aos pés, em uma imensidão branca sem fim.

O velho e o mar.

Ernest Hemingway descreve de forma cativante e embaçada a história de persistência de um velho, amigo do mar.
Este velho ensinou a um menino, aos cinco anos de idade, a importância do mar, do pescar, e muito sobre respeito.
Este menino, por pedido dos pais, passa a pescar em outro barco, um barco de sorte, segundo o velho Santiago.
Os dois, apesar disso, continuam amigos, fiéis, uma ao outro.

Depois de quase noventas dias indo ao mar sem trazer nenhum peixe, o velho se prepara para a sua saida.
Pede ao menino que traga um bilhete com o número oitente e cinco e avisa que está indo para o largo.
O velho sai para o alto mar ainda sob a luz da lua, remando seu pequeno barco.
Arma as suas varas, cada uma a um lado do seu barco, com iscas e profundidades diferenciadas, para tentar pescar diferentes tipos de peixes.
O velho espera, o sol nasce e ele começa a ver as outras embarcações, que começam a ficar cada vez menores, pois continua a sua remada em direção ao largo.

O mar de monstros.

Percy teve um ano extremamente tranquilo.
Nada de mostros disfarçados de velhinha na beira da estrada ou Minotauros para atrapalhar seu caminho.
Sua tranquilidade, por outro lado, acabou assim que nosso amigo semi-deus acordou na última manhã em sua casa, no último dia de aula. Uma sombra na janela chamou a sua atenção, uma voz no corredor da escola e alguns meninos estranhos. E como seu amigo grandão disse, também havia um cheiro estranho.
Surpresa: uma simples brincadeira de queimado com os amigos se transforma em uma batalha de vida e morte com grandalhões famintos.
Dali, ele, seu novo amigo Tyson e sua velha e conhecida amiga Annabeth saem e literalmente voam para o Acampamento, em um taxi muito louco, com motoristas mais loucas ainda, onde as coisas não andam bem.
A árvore de Thalia, que protegia o lugar estava envenenada e o lugar estava correndo sérios perigos. Monstros tentavam acabar com a paz e segurança do local, Percy e Annabeth não estavam dispostos a deixar que isso acontecesse.

O ladrão de raios.

Rick Riordan, que estreou na literatura infantil com a série 'Percy Jackson & os Olimpianos', traz em seu primeiro livro, O ladrão de raios, as mudanças radicais na vida de um garoto de 12 anos, Percy.
Percy é um menino meio normal, sofre de transtorno de déficit de atenção e dislexia, por conta disso, não consegue ser um bom aluno, tendo sempre em seu boletim, notas com D+.
Também como narrador da história, Percy comenta como é difícil se afastar das confusões, pois elas o perseguem. Como a que aconteceu na visita ao museu, na qual, transformou sua professora de iniciação a algebra em pó com uma caneta esferegráfica.
Chega o dia da prova final e também o dia em que Percy, mais uma vez, tem que deixar o colégio, mais uma expulsão para a sua lista.
O menino tem um único amigo, Grover, que resolve o acompanhar até sua casa. No caminho, o ônibus em que eles estavam quebra, ao sair do ônibus, o menino repara que no outro lado da estrada existe uma banca de frutas, com três senhoras tricotando a maior meia de lã que ele já havia visto. O amigo o adverte para não olhar e voltar ao ônibus, mas o menino ainda espera para ver a linha sendo cortada.

Formaturas Infernais.

Formaturas Infernais é um livro que reune cinco escritoras, das quais, desculpem a minha ignorancia, para mim, apenas uma é famosa, Stephenie Meyer, da saga de Crepúsculo.
Cinco escritoras, cinco contos de "terror", cinco formas de escrever diferente e uma única conclusão sobre todo: já não chega de vampiros, lobisomens e bixos de outro mundo?
Vou comentar sobre o primeiro conto, de Meg Cabot.
Em sua história ela adota o vampiro como o ser que vem para aterrorizar a formatura. Um parente de conde Drácula, lindo, loiro, olhos azuis da cor do mar e, que na verdade é uma besta, é assassinado no dia do baile por uma borrifada de água benta. Na trama existem outros personagens, dentre eles um casal que se forma e mata, sem esforço nenhum, o tal metido parente do reino do mal.
Um livro destinado a adolescentes, deve ser lido apenas por adolescentes, ou por aquele que não têm mais nada para fazer.
Essa história de colocar vampiros na trama está meio que batida por conta da Meyer, que também tem um conto no livro, o último. Creio que ela ficou por último para fazer com que as pessoas lessem os demais até chegar o texto dela. Haaaa.

Deus um guia para os perplexos.

O livro 'Deus - um guia para os perplexos', de autoria do teólogo Keith Ward, traz de forma clara uma visão bem generalizada sobre a figura de Deus.
O livro não fala de apenas um Deus, mas sim de todos os Deuses existentes, misturando os pensamentos do autor com pensamentos de diversos filósofos, como por exemplo, Platão, Tomás de Aquino, Schopenhauer, Nietzsche, dentre outros.

Uma forma bem usual, mas aqui diferente, de explicar Deus, é coloca-lo em todos os lugares, e é isso que o autor faz quando o confronta na área da literatura e na poesia. Quando relata os conflitos existentes por conta de um Deus.
Aqui o autor também usa uma forma que Scheiermacher usou para descrever o ser divino por intermédio de um romance.
O livro ainda fala sobre o monoteísmo, descreve as cinco formas para se comprovar a existência divina e comenta sobre os mandamentos e o por que de cada um deles.

Leite derramado.

Um típico e ilustre exemplar da família dos Assumpção é o personagem principal do novo romance de Chico Buarque, que tem como cenário , mais uma vez, centrado na cidade do Rio de Janeiro. O livro foi editado pela Companhia das Letras.
A trama é contada de cima de uma cama de hospital, de onde o tal Assumpção, narra suas histórias para a filha, uma ou outra enfermeira, alguns colegas de quarto ou para quem estiver passando.
As histórias são na verdade devaneios de uma época gloriosa, onde a família possuia propriedades, prestígio e o mais importante para a época: nome.

Guantánamo Boy.

O romance de Anna Perera nos traz uma história não verídica, mas com um totalmente contexto real.
O livro tem como personagem principal o simpático, e tímido, Khalid. O menino é como qualquer outra criança, vai à escola, joga futebol com os amigos, paquera e por ai vai... É inglês, filho de mãe turca e pai paquitanês, mais até então isso não o incomodava. Nutre uma amizade extritamante virtual com o primo Tariq, que só conhece por fotos, mas tem ele como um ídolo.

As férias escolares de Khalid se aproximam e o menino se imagina jogando futebol, indo nas festas e curtindo a nova paquera, mas sua mãe o informa sobre uma viagem para a casa das tias, no paquistão.
Enfurecido, o menino pede, em vão para ficar, mas acaba seguindo com os pais e as duas irmãs para uma cidade que, segundo ele é parada, não tem nada pra fazer. Ah se ao menos ele pudesse ver Tariq.

A filha do escritor.

Gustavo Bernardo nos conta de uma forma envolvente um amor meio que impossível entre um médico psiquiatra e sua mais linda paciente.
Acompanhe.

A chegada de Lívia é um espanto para o psiquiatra, José, pois a primeira vista ela lhe parece normal.
Diz que está ali apenas de passagem, pois espera a visita de seu pai, o senhor José Maria Machado de Assis.Justificar
Na primeira entrevista com a tal paciente, ele percebe que a mesma sobre de esquisofrenia. Como podia uma moça tão jovem, que chegou à clínica sozinha, dizer que espera o pai, José Maria Machado de Assis, ou, para os mais intímos, Machado de Assis, que já morreu a mais de 100 anos e jurar de pé junto que o filho vai se comportar?

O Outro.

O Escritor e suas obras.
O Outro, livro que ganhou as telinhas do cinema através do filme O Amante, é uma obra de Bernhard Schlink, um alemão, que além de O Outro também escreveu O Leitor, que também ganhou as telonas com o filme de mesmo nome.

O livro.
Com a morte da mulher, Bengt se vê perdido nos acontecimentos diários. Não quer mais contato com os filhos, se isola.
Um dia, uma correspondência o deixa confuso.
Assinada por Rolf, a carta revela um lado da sua mulher que ele até então não conhecia. Resolve então, procurar nas coisas da falecida esposa outras cartas, visto que Rolf se queixa das não respostas.

Encontra cartas com selos datados de onze anos atrás.
Resolve visitar a filha e ver se a mesma sabe de algo, levando em conta que as duas eram próximas nessa época. A tentativa é frustante.

A misteriosa morte de Miguela de Alcazar.

Este é o primeiro romance policial que leio e por conta dele quero ler outros.

A trama é extremamente envolvente, engraçada e leve.

O personagem principal, Campestre, é um jornalista que teima em assassinar a gramática. Um dia, ao sair de casa em seu fusca 68 amaralo, conhecido como "Revolucão de Maio", passa em frente a rodoviária e observa um tumulto.

Não, este não é o fato principal, então vou pulá-lo.
Ao chegar na redação, após o sabão de seu chefe, recebe uma ordem, cubrir um tal Congresso Internacional de Escritores de Histórias Políciais. Furada, pensou Campestre, mas ordem de chefe não se discute.

Parte ele para o local a fim de acompanhar o tal Congresso.
Lá, encontra com grandes nomes da Literartura Policial e um presunto.
Miguela de Alcazar y Casas de Bourbon morreu de morte matada ou morrida?
Ao final de muitas investigações, do jeitinho brasileiro, em um jantar, o delegado anuncia que a falecida, morreu 3 vezes.

Paul Arden e seus dois livros.

Recebi da editora Intrínseca uma série de livros, dentre eles dois de Paul Arden, "Tudo que você pensa pense ao contrário" e "Explicando Deus numa corrida de táxi".

Começei primeiro por "Explicando" devido ao fato de eu ter que pegar onibus para ir para a faculdade, e realmente, ele explica Deus no tempo de uma corrida de táxi.
Terminei de o ler em 20 minutos.
Adorei a forma extrovertida da escrita do livro, desmistificando certas coisas e afirmando outras.
O que importa é que todos crêem em algo, mesmo acreditando não crêr.
Já o segundo, "Tudo que você pensa", não gostei muito não.
Achei ele meio que com cara de auto ajuda. Fala coisas que jamais eu gostaria de ler em um livro, como por exemplo que faculdade é perda de tempo, que temos mesmo é que trabalhar e aprender as coisas na faculdade da vida.
Uma coisa que achei legal no livro foi o fato de que temos primeiro que cometer os erros, e depois voltar para concertá-los.

Viu, eu disse que era meio que auto ajuda.

Mas vale a pena, as duas leituras, são livros curtos, criativos e muito bem humorados.
Para mais informações, entra no site da Intrínseca.

Budapeste

O livro, na verdade, começa pela capa.
Quando se termina de ler é que as coisas ficam mais claras. O por que da cor, a fonte gótica das letras, o nome estranho na "segunda capa". O primeiro paragrafo, ali mesmo.

Seria José Costa, enquanto Chico Buarque, um personagem ou uma retratação de algo real?
Será que o intuito de Chico Buarque, enquanto José Costa, era transmitir para seus leitores, de forma clara e de fácil compreensão que o personagem, ou ser real, passa por várias transformações duplas?

Ghost writer por opção e paixão, José Costa se vê divido ao meio em diversas situações.
Divide-se por duas cidades diferentes, Rio de Janeiro, da qual adora as suas caminhadas a beira mar, e Budapeste, da qual ama a lingua lá falada. E as ama.

Vida Modelo.

Assim que terminei de ler "Vida Modelo" senti um vazio por dentro.
Mas o vazio na vedade não era meu, nem pelos fatos decorentes da minha vida, mas sim um vazio pelos feitos de John Casablancas, que não fez nada de mais, que não é ninguém perto das modelos que descobriu e tem um livro publicado.
Eu também terei um, e muito mais empolgante do que o dele.
Com certeza.
Não, para tudo. Me explica por que diabos que as pessoas compram um livros simplesmente para saber o que John Casablancas fez aos 13 anos, o que bebeu aos 15, com quem perdeu sua virgindade aos 16?

Notícias do Planalto

Livro do jornalista Mario Sergio Conti aborda, em 720 páginas, as diversas facetas do jornalismo, que colocaram e tiraram o então governador de Alagoas, Fernando Collor de Melo, no poder.
Conti divide o livro em duas partes e um epílogo.
Na primeira parte, comenta detalhadamente como cada um dos meios de comunicação personificaram a imagem de Fernando Collor de Melo antes, quando ainda era governador de Alagoas e apenas tinha a ideia de se candidatar presidente. Na segunda, aborda as tramoias que aconteceram após que ele assumiu o cargo.
Descreve ainda, em seu epílogo, como seu irmão Pedro Collor o denunciou e acabou com sua fama de bom moço, que já não era a mesma de antes.

Cem anos de Solidão.

Uma obra perfeita de Gabriel García Márquez que ganhou o prêmio Nobel de Literatura e que encantou a milhares de pessoas pelo mundo.
Em Cem anos de Solidão a peça chave da narrativa é a solidão. Por meio dela, milhares de personagens, que nunca são perdidas no tempo ou confundidas com outras aparecem, dão suas contribuições para a "peça" e morrem, de forma trágica, milagrosa ou simplesmente para cumprir uma promessa.
Uma dessas personagens é José Arcadio Buendía, o fundador de Macondo e visionário de muitos inventos que não deu conta de provar antes que o descem como louco.
Me apaixonei por ele e por suas ideias.
Pensei que o nome do livro "Cem anos de Solidão" seria baseado em seu personagem, que veria todas as pessoas a sua volta morrerem e acabaria vivendo 100 anos no mais absoluto silêncio das trevas.
Não, não foi o que aconteceu. Morreu logo depois de ter sido dado como louco.

A guerra de Clara.

Fiquei a par da história de Clara quando ví a propaganda do livro na revista Piauí e resolvi entrar no minisite e ver a sinopse.
Quando ví que se tratava de uma história real, não como as do Khaled, que são lindas, mas fictícias, pedi o livro para experimentar a sensação de estar na guerra.

Pois é, eu participei da guerra de Clara.

O livro conta a história de Clara Kramer, uma personagem real, que viveu as atrocidades do Holocausto. O cenário é real. As bombas. Os mortos. A dor.
Seu salvador, Beck, também é real.

Assim como "O diário de Anne Frank", "A guerra de Clara" também é um diário, mas como uma sutíl diferença.

A menina que roubava livros.

"Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler".

Pensei em ler sobre a roubadora de livros por conta das diversas opiniões contrárias que ouvi sobre a história contada pela morte.


Agora, já posso dizer que tenho a minha.


Markus Zusak traça de forma surpreendente a história de vida de Liesel, a roubadora de livros.


As perdas, primeiramente do irmão e da mãe.
O primeiro livro, roubado na neve.

Um paralelo no contexto histórico.

Resolvi fazer aqui um paralelo sobre as leituras da semana passada, "Olga" de Fernando Morais e "O Principe" de Maquiavel.

Fernando Morais conta de forma maestral um periodo da história mundial que acaba por se entrelaçar em um momento crucial, com os acontecimentos decorrentes na política brasileira.
Olga, uma alemã, sai de casa para enfrentar os seus ideais, onde, acaba por se apaixonar por Carlos Prestes, um revolucionário comunista brasileiro.
Deste encontro surgi um grande amor. A separação.
O nascimento da filha Anita.
A morte de Olga em uma câmara de gás nazista.
O autor relata a crueldade com os homens, os mal tratos, as cenas de extermínio em massa, tudo isso em virtude de um ideal de igualdade.
Isso existe? Pode ser verdade? Foi.
A realidade é sim vergonhosa, mas é ainda mais vergonhoso não conhecê-la.

Não sei se entendi o recado que Maquiavel tentou passar como o deveria, mas passei a ver O Príncipe não como um livro qualquer, daqueles que ficam perdidos em meio a pilhas de livros numa estante, mas sim como uma obra prima.
Desde 1513, quando foi escrito até hoje, o livro não caiu no desuso, está totalmente atual.
Este é o tipo de livro que concerteza eu darei de presente a algum amigo meu, assim que ele desligar o telefone para me contar que se candidatou a qualquer cargo político.
Tipo, todos os políticos e simpatizantes dela deveriam ler Maquiavel. Todos deveriam ler O Principe.
O paralelo: os dois falam de momentos que foram movidos por uma revolução, seja ela política ou sociológica. Que ao se pensar bem e analisar a fundo, os dois temas englobam as duas temáticas, cabe ao leitor decidir qual delas levar mais a sério.
Espero que tenha dado uma boa dica.
Vale muito a pena ler, os dois.
Boa leitura e beijomiliga.

Memórias Póstuma de Brás Cubas.

Resolvi ler Machado de Assis após ter assistido a minisérie Capitu.
Claro que quando adolescente, e frequentadora das aulas de literatura, já havia ouvido falar, e muito, do tal Brás, mas nunca o havia conhecido a fundo.
Comprei o livro em uma daquelas gondolas de mercado e jurava estar comprando o livro que tratava sobre a traição ou não de Capitu, Bom Casmuro.
De repente, eis que me aparece Virgília.

Mas, e a Capitu?

Foi somente ai que percebi a confusão e continuei a me confundir ainda mais com a escrita rebuscada de Machado.
O livro é narrado por Brás, a partir de sua morte, e por conta disso o título, Memórias Póstumas.
É de debaixo de sete palmos de terra e alguns punhados de flores e um discurso de um amigos qualquer que nosso narrador conta as inúmeras histórias que viveu.
Os amores, desamores, as perdas, os anseios, a idéia que não vingou.

Acompanhe você também as impressões de um morto sobre a sua ex vida.
Vale a pena.

E já sabem, boa leitura e bjomiliga.

Aprenda a perdoar.

Pois é queridos leitores do Outras Estórias, o ano está começando.
Já passou da hora de parar pra pensar nas coisas já feitas durante o ano que acabou. Olhar para traz e perceber que ter errado não é mais um motivo de vergonha.
Agora é a hora de tentar consertar os erros. É hora de perdoar e pedir o perdão. É hora de entender os argumentos dos outros e tentar fazer com que os seus sejam entendidos.
É ta bom, sei que você que me conhece bem, não devem estar entendendo o porquê dessa conversa.
Calma, eu explico!
Lembra que eu comentei em uma postagem ai (que se você quiser que leia e comente em todas até achar) que ganhei uns livros?
Então... Um desses livros fala sobre isso. Não, não sobre o Natal e as festas de final de ano, mais sim, sobre o perdão.

3 dias... 2 livros.

Aqui vou fazer um breve comentário sobre os dois últimos livros da minha segunda remessa:"Aprenda a ser dono" e "O profissional pit bull".

"Aprenda a ser dono" traz algumas técnica e dicas de como fazer com que o relacionamento do animal de estimação com a família seja o melhor possível.
As dicas vão de muitos carinhos a petiscos quando a ação pedida é feita com destreza a regras que devem ser seguidas a risca.
Na minha opinião, este livro é destinado aos profissionais que fazem adestramento ou para os donos paciente que gostam de educar seus animais para feitos básicos. Eu, no caso, não controlaria cão algum...

"O profissional pit bull" traz dicas para a venda e negociação em diversas situações.
É um livro meio que pura teoria, não sei se daria conta de seguir a risca as estratégia adotadas pelo autor e ter sucesso em minha carreira.
Ao contrário dele, acredito que pessoas nascem com talento, com luz própria, e apenas o desenvolvem em diversas situações.
Vale a pena ler, mais cuidado, não fique pensando que é só seguir as "regras" e pronto. Vá a luta, dê a cara a tapa. Utopia é bom, mas o bom senso e a força de vontade são melhor ainda.

Os livros podem ser encontrados no site da Editora Ediouro (http://www.ediouro.com.br/).
Boa leitura a todas e até a próxima remessa de livros.

A cidade do sol.

Hoje, logo depois que terminei de ler a última palavra escrita por Khaled Hosseini, me escorreu a última lágrima pelo rosto. Posso dizer que foram lágrimas de alegria.
A história do livro, assim como "O caçador de pipas", também traz a dura realidade das pessoas que viram a guerra pela janela de suas casas.
A perda dos filhos, a infância roubada, a crueldade cometida contra as mulheres.
"A cidade do sol" traz duas personagens principais, Mariam e Laila.
As duas têm realidades bem diferentes.
Mariam é filha bastarda de um homem rico da cidade de Herat que aos 15 anos perde a mãe.
Vai para a casa do pai morar com seus 11 irmãos e três madrastas, mas sua estadia na casa não passa de alguns poucos dias.
A jovem é prometida e se casa com Rashid.

Antes de morrer.

Depois de terminar de ler o quarto livro da primeira remessa, tento imaginar qual seria a minha reação se descobrisse de repente que tenho uma doença incurável e pouco tempo de vida.

Penso nas coisas que gostaria de fazer antes de o dia do meu "Juízo Final" chegar.
Pensaria na vida que ainda teria pela frente.
Penso também nas pessoas que deixaria de conhecer, nas que já conheço e ainda naquelas que não vão me esquecer.
Começo a pensar se daria conta de segurar a barra tão bem como Tessa.

O caçador de pipas.

É incrível ver a facilidade que este livro teve de me fazer chorar. A cada capítulo que se passava era uma emoção nova, e lá ia eu, chorar como criança enquanto lia uma palavra por vez.
O livro conta inicialmente a história de dois meninos. Amir era um jovem privilegiado. Pertencia à etnia dominante do país, a pashtu, freqüentava a escola, morava em uma bela casa e seu pai era um homem rico e de negócios, além de ser uma figura conhecida de Cabul. Órfão de mãe e um jovem relativamente frágil.
Hassan, seu melhor e único amigo, é o oposto, talvez até um outro eu de Amir. A única semelhança com o amigo é a ausência materna em sua vida. Era analfabeto e, assim como o seu pai, era serviçal na casa de Amir. Pertencia à minoria hazara, etnia menos abastada, discriminada e odiada no Afeganistão. Hassan é eternamente fiel ao amigo, sentimento este, que em alguns momentos faz despertar revolta em Amir.

A arte de correr na chuva.

O livro de Garth Stein traz como personagem principal e narrador da história um simpático e inteligente cão, o labrador Enzo.
Não sei se tem a ver, mais quando comecei a ler o livro, meio que me veio a cabeça que "A arte de correr na chuva" seria meio que uma cópia do livro "Marley e Eu" que também conta a história de um labrador....
Mais... a raça dos cães é a mesma, mais a temática, puts... quanta diferença.
Enzo passa a maior de seu tempo vendo programas de televisão, e com eles aprende inúmeras coisas, das quais não pode por em pratica pois é apenas um cachorro.
Durante todo o livro ele faz um flash back engraçado, romântico e comovente e cativante de como é difícil ser um cachorro com alma de humano.
De poder entender, saber e ter solução para as coisas mais simples e não poder ajudar por não ter o polegar ou simplesmente por que sua lingua é grande demais e desengonsada.
Um dia desses, passei em uma revistaria com uma amiga e ví o livro em exposição. Só pela capa a gente já se apaixona pelo livro.
Não deixem de ler e me contar se há ou não alguma semelhança do Enzo com o Marley.
Para saber mais sobre o livro ou até mesmo o comprar, entre no minisite
http://www.ediouro.com.br/aartedecorrernachuva/
Até a próxima e boa leitura.

A casa da minha infância.

A cada capítulo uma nova descoberta.
A cada nova descoberta, uma emoção diferente.
O livro do jornalista ecônomico Luis Nassif traz, em forma de crônicas, passagens de sua vida, de fatos que ocorerram em sua carreira, dos amores, das perdas, dos reencontros.
Dividido em apenas cinco capítulos: Memorialística, Cenas do esporte, Personagens da história, Músicas e músicos e Declaração, Nassif conta por meio de textos curtos, mas emocionantes, a realidade de um jovem aventureiro saido de Poços de Caldas.
Eu, aos 24 anos, ainda sinto saudades dos meus tempos de criança, das brincadeiras de rua, dos amigos, das amizades verdadeiras.
Encontrei no livro de Nassif, "A casa da minha infância", uma forma para matar um pouco a saudade e reviver os velhos tempos.


Para saber mais sobre o livro, entre no minisite (http://www.ediouro.com.br/acasadaminhainfancia/default.asp). Lá você pode saber um pouco mais sobre o Nassif e sobre o livro. Ou,acesse o blog do escritor (www.luisnassif.com.br).
Boa leitura.

Diga trinta e três.

Quando começei a ler o livro achei que ele fosse meio que técnico, destinado aos profissionais da área. Mas, aos poucos, fui me apaixonando e me emocionando com os relatos que o livro traz.
Com uma escrita de fácil compreensão e clara, o Dr. Nick Trout nos apresenta diversos animais, cada um com sua peculiaridade.

O que mais me chamou a atenção foi o boxer Thor. Não por ele ser meio que macho e fêmea ao mesmo tempo, mais sim por ser meigo, carinhoso e metido como o meu Lesther.
O Lesther, um boxer branco de treze anos, morreu com uma injeção letal no dia 1 de outubro de 2007. Ainda me lembro como se fosse hoje do seu jeito cativante, grosso e muleção de brincar, do seu barulho a farejar e da alegria ao me ver. Saudades do meu branquelo.

O livro pode ser lido por qualquer público, mais se eu puder indicar para um específico, indico para os que são apaixonados por animais de estimação e para os profissionais da área.

Para saber um pouco mais sobre o livro, comprar ou mesmo indicar a um amigo, entre no minisite da editora ediouro, http://www.ediouro.com.br/digatrintaetres/ .
Bjomiliga e boa leitura.

Minha vida de stripper.

Diablo teve uma incrível facilidade para me transformar em uma personagem de seu livro.
Eu, assim como ela, tive vontade de virar uma stripper, de ganhar dinheiro "sujo" com a "Industria do Sexo" e me transformar em mais uma das muitas ex-stripper que param de trabalhar por não ter mais onde guardar dinheiro.

Com uma escrita fácil e empolgante, Diablo Cody, conta como foi a sua experiência real neste agradável livro, "Minha vida de stripper".

Marley e Eu.


A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo.
Conheci este livro no final do ano de 2006 bem que por acaso.
Presenteei um amigo com um sapo, como os olhos enormes, e ele resolveu o chamar de Marley.
Dias depois contei a uma amiga que o sapo havia recebido o nome de Marley por conta dos grandes olhos, foi ai que tudo começou.
Ela me disse que existia uma música "muito gracinha" da Banda Eva que se chama "Marley" e pediu para que eu procurasse a letra e baixasse a música.
Em minha procura eis que surge do nada o livro "Marley e Eu", com um lindo cãozinho, com cara de que tinha acabado de cair de uma mudança qualquer, na capa.